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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Madrugada


    Em meio a madrugada é quando eu mais pareço acordada. Começo a ter milhões de pensamentos onde vivo todos os meus erros novamente através de memórias que pensei já estarem esquecidas. E é quando eu mais forço os meus olhos a se fecharem. Não gosto de ver tudo aquilo de novo. Depois desminto o que um dia ousei mentir, perdôo aquele que mais me fez chorar e insisto em lhe pedir uma segunda chance. E é quando eu tampo meus ouvidos para não ter que ouvir nada daquilo novamente. E, então, dou mil respostas às brigas que já acabaram, invento mil desculpas que usarei em um futuro próximo e me cubro, com o cobertor, para bloquear tudo isso.

    Eu sempre tento fugir dessa tortura da madrugada, mas ela faz questão de voltar todas as noites, não se importando com o meu cansaço.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dor de cabeça


    Eu acordei essa manhã com dor de cabeça. Com apenas memórias passageiras do que havia acontecido noite passada. Certamente eu desejaria não lembrar de nada, porque todas as lembranças que eu tinha eram sobre você. Seja de você conversando comigo ou tentando arrancar um "eu te amo" dos meus lábios. Você era lindo e adorava contar sobre suas aventuras das quais, eu admito, adorei ouvir. Você pareceu confiar em mim mais do que em qualquer amigo seu ali presente, apesar de dizer que aqueles eram seus verdadeiros amigos e não os trocaria por nada. E apesar de falar bastante sobre você, também se interessou em saber mais sobre minhas aventuras jamais vividas. E foi ai que você insistiu em dizer que viveríamos todos os tipos de histórias juntos.

    E mesmo tendo em mente - todos esses anos -, que eu jamais amaria alguém além de mim mesma, eu não consigo fazê-lo sair da minha cabeça, não consigo esquecer de quando você disse que gostava de mim, muito menos esquecer do nosso beijo que jamais deveria acontecer, porque foi através dele, que eu soube que você era o cara certo pra mim, e que, talvez, eu não morra sozinha.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Mais uma noite cheia de lembranças


    Estou aqui - mais uma noite em claro - pensando em você. Lembrando dos nossos bons momentos e esquecendo de todas as vezes em que um dia brigamos. Então porque essas lindas lembranças doem tanto? Imagino que seja por saber que não vou te ver amanha. Muito menos irei acordar ao teu lado. É, dói muito saber disso. Mas admito que é gostoso ver meus cadernos antigos, todos rabiscados com sua letra, e ler aquelas frases que você escrevia para me motivar a crescer e me tornar uma grande mulher. Também é delicioso ler um "eu te amo" entre uma pagina e outra. É muito bom lembrar que já nos amamos muito e que você realmente se importou comigo.
    Então por que estou chorando? Estou me questionando muito hoje, não é? Devia parar... Mas é curioso o fato das minhas lágrimas insistirem em cair apenas em cima do seu nome. Poderia até ser para borrar ou te esconder. Talvez eu devesse esquecê-lo. Não. Isso está fora de questão. Eu não quero esquecer aquele que mais me fez bem. De toda diversão e aventuras que tivemos juntos. De tudo que você me ensinou e que eu fiz questão de aprender. Qualquer sofrimento agora não se compara a minha enorme felicidade em ter te conhecido. Portanto, obrigada.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Éramos nós


    Eu e você. Você e eu. Só nós dois. Havíamos conquistado um pequeno espaço no mundo para nós. Apenas nós. Nosso romance e amor conquistado juntos. Tínhamos nossas fotos, nosso poema e nossa melodia. Tínhamos a nossa sexta-feira que emendávamos com sábado e, as vezes, domingo. Tínhamos nosso feriado e nosso aniversário. Nosso amor vivia nos contos de fadas, onde eu era a sua princesa e você era o meu príncipe. Nosso amor tinha dado tão certo quanto o dos meus pais, que vivem juntos desde sempre. Éramos assim. Éramos o perfeito inexistente, que só passou a existir depois da gente. E isso não precisa fazer sentido, porque nosso amor também nunca fez.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Piano


    Um piano deve ser tocado suavemente, não há nada a ser destruido ali. Cada tecla espera pacientemente para ser tocada, sem nenhum desespero. Elas ficam por lá até alguém querer contar uma história em cima delas, e dizer lindas palavras em melodia. Os pequenos defeitos o deixam quase humano, como um amigo para conversar em todos os momentos. 

    Tudo é feito cheio de sentimento e cheio de mistério que talvez só fossem contados ao dono desse frágil piano.

terça-feira, 7 de maio de 2013

O começo de um amor


    Não, não. Estava tudo errado. Tudo estava ao contrário. Eu não posso estar amando, não deveria estar. Eu sinto falta dele, até mesmo do seu perfume. Espere. Tem alguma coisa errada. Ele nunca chegou tão perto a ponto de eu conseguir sentir o seu aroma. Oh, por que você me confunde tanto, querido? Esse é o seu jeito de me encantar? Bom, está funcionando perfeitamente, e cada vez eu o amo mais e mais. Chega a ser estranho, porque nunca achei que fosse possível amar tanto assim uma pessoa. Pra mim, o amor não passava de uma fantasia, uma ilusão criada pelos filmes do cinema. É, eu estava enganada. Minha vida se resume a você desde que te conheci. Parabéns, você conseguiu. Eu te amo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Não queria estar amando


    Não é que ela não o ame, mas preferia não ter amado. Tudo seria mais fácil. A noite seria mais silenciosa, pois ela não iria mais chorar. Conseguiria dormir tranquilamente sem pensar no amanhã, e não teria mais pesadelos para dizer o que ela havia feito de errado. Também não haveria mais nenhuma memória, seja boa ou ruim, que a fizesse lembrar dele e querer voltar no tempo. E quem sabe assim, o sorriso dela voltasse todas as manhãs, pois mesmo que tivesse que acordar as 6h para ir a escola, ela não ficaria tão desanimada como agora.